As 7 Toxinas do Amor

Muito se fala sobre relacionamentos tóxicos, mas poucos observam as suas toxinas

Existem diversas toxinas, muito mais de sete! Podemos inclusive cria-las a qualquer momento. Nesse artigo tratarei sobre as sete que em minha percepção são as mais prejudiciais a qualquer relacionamento. Não há amor que suporta tais toxinas, afinal elas são exatamente os venenos do amor.

Hoje eu desafio dois autores emblemáticos da cultura ocidental que falam sobre amor. O paradoxo tóxico de Camões e o amor subserviente de Paulo. Fogo que arde sem se ver além daquele que tudo sofre, crê, espera e suporta.

O amor tem limites, afinal ninguém quer ser desrespeitado em prol do amor! Talvez alguns brasileiros defensores de partidos políticos canalhas suportem a usurpação acreditem que amem, mas a verdade é que essas pessoas estão é apaixonadas. Talvez se você ainda acredite nesse tipo de amor de tempos idos, valha a pena rever suas crenças.

É impossível falar de amor sem falar de relacionamentos, mesmo que seja com uma planta! Da mesma forma que plantas “sentem”, assustadoramente evidenciado pelos Mythbusters, animais e outras pessoas também. Assim, várias coisas fazem com que as vibrações não sejam muito, digamos, positivas.

Faço apenas uma observação antes da leitura: toxinas são isentas de sexismo. Falei sexismo mesmo! Mulheres e homens podem apresentar os comportamentos a seguir, então desconstrua qualquer pre-julgamento que tenha. Não é o gênero que define o comportamento, e sim o desenvolvimento de cada um. Vamos à lista!

Toxina 1 – Tom de voz

Muitos já podem estar pensando “mas meu tom de voz é assim!”. Pode ter certeza que se você pensou assim, provavelmente é porque várias pessoas já te deram o feedback de que seu tom de voz agride e que você precisa melhorar sua articulação tonal. Há pessoas que sem perceber elevam o tom de voz desnecessariamente e passam a impressão que querem dominar no grito.

A comunicação é a base de qualquer relacionamento e, caso seja uma dificuldade sua sugiro em primeiro lugar que se perdoe e acredite: dá pra trabalhar! Provavelmente seu canal preferencial não é o auditivo. Escutar músicas com atenção, aprender um instrumento ou mesmo aprender a cantar pode ajudar muito. Agora, se quiser uma solução tiro e queda, fazer aulas de teatro pode ser definitivamente um antídoto eficaz contra essa toxina.

Toxina 2 – Levar as coisas para o lado pessoal

No dia a dia de um relacionamento pessoal ou até mesmo no relacionamento profissional, é muito difícil que todos os feedbacks proferidos sejam daquele estilo tipo hambúrguer (elogio, crítica e elogio) com molho especial e pão de gergelin. Esse modo de feedback inclusive é poderosíssimo e não deve ser utilizado toda hora para não perder seu valor. Experimente, em um caso delicado, dar um feedback dessa maneira para você ver.

O lance é que geralmente quando vamos sugerir uma mudança com quem convivemos, simplesmente lançamos a sugestão na melhor das intenções. O problema está em quando recebemos a tal sugestão e tendemos a achar que o problema, ao invés de estar na atitude que estamos tomando, está em nós mesmos. Escutamos um “experimente fazer dese jeito” e sem querer ouvimos “você está sendo idiota!”.

Caso essa toxina esteja te instalando em sua mente, experimente respirar e buscar a intenção positiva de quem está falando com você. Procure perceber se o que ele fala procura te ajudar a ser uma pessoa melhor ou não. Talvez assim as ideias comecem a circular no campo das ideias em sua vida, e não no campo da emoção.

Toxina 3 – Não ouvir com atenção

Muitas pessoas quando estão em uma conversa não praticam a empatia, ou o que os franceses chamam rapport, conceito utilizado na programação neurolinguística. Isso normalmente acontece, pois a pessoa quando começa a ouvir, pega um ponto para rebater e, ao contrário de continuar prestando atenção, começa a prestar atenção em suas vozes interiores, formulando estratégias de como rebater aquele ponto, aguardando somente o momento de faze-lo.

Pense comigo: talvez a pessoa realmente esteja errada e caso seja, não seria mais eficiente escutar todos os pontos da outra pessoa para, ao final, pensar e fazer uma pergunta estratégica utilizando as próprias informações que a pessoa te deu? Agora, corre o risco de ao escutar tudo, você perceber que a outra pessoa tenha razão, mas que mal há nisso? 😉

Toxina 4 – Preocupações desnecessárias

A pessoa com quem você se relaciona pega seu celular. Por mais que você sinta um incômodo de acessar algo que é particular, você não precisa se preocupar caso o aparelho esteja desbloqueado na mão do parceiro se ele for o único parceiro! Lembre-se que se aplica no feminino também. Não estou aqui para dizer que você deve ter uma relação monogâmica. Há pessoas que tem relações mais abertas e se dão super bem, mas que se tenha relações transparentes. Afinal, depois da comunicação, um pilar fundamental de qualquer relacionamento é a confiança.

Toxina 5 – Ciúme desenfreado

Ciúme desenfreado é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra, diria o Bial. Sentir ciúmes não tem nada de errado! Não mesmo! Não controlamos o que sentimos, mas controlamos o que fazemos com nossos sentimentos. Se você sente medo de perder alguém e por isso sente ciúme, faça um favor a si: controle seu ciúme. Caso contrário, a chances da pessoa surtar e dar no pé serão maiores.

Toxina 6 – Não assumir os erros

Sabe quando que um relacionamento será perfeito? Isso mesmo, N-U-N-C-A! Se você ainda está esperando isso acontecer, sinto porque muitas lágrimas salgadas ainda vão rolar antes das doces. Um parênteses, lágrimas de tristeza e de alegria são fisiologicamente diferentes. Logo, se você espera um relacionamento perfeito, espere tristezas pela frente.

Agora, você pode sim, ter um relacionamento muito saudável apesar de indisposições e desentendimentos. Como a comunicação é uma base importantíssima, para se fazer isso com excelência, é preciso reconhecer os próprios erros e pedir desculpas por isso. Atenção para isso não se tornar uma muleta!

Agora, você pode até ter aquele sentimento orgulhoso dentro de si, achando que vai se enfraquecer caso peça desculpas. Vai levando isso, vai… depois você me conta no que que deu!

Toxina 7 – Não amadurecer

O camarada que ajudou os irmãos McDonalds a montarem o que viria a ser um império, além de depois comprar a parte deles, disse uma vez: “Enquanto você estiver verde, estará crescendo. Assim que amadurecer, começará a apodrecer”. Ray Kroc o nome dele.

Na escala utilizada pela Academia Internacional de Coaching Integrativo Sistêmico – AICIS, baseada na metodologia de Stephen Covey, mestre em Administração pela Universidade de Harvard e doutor pela Universidade Brigham Young, existem 5 níveis de maturidade, são eles: dependência, independência, interdependência, transdependência e transcendência.

Acontece que muitas pessoas pessoas ainda insistem em se sentir independentes como se fossem o último cobertor térmico do Deserto da Antártida! Pior, muitas pessoas ainda têm mania de achar que nada é culpa delas, tamanho é o nível de dependência. Do mesmo jeito que uma criança que deixa o copo cair de suas mãos diz “o copo caiu” ao invés de “deixei o copo cair”, algumas pessoas insistem em achar que a culpa é sempre do outro ou de algo. É muito comum pessoas dependentes levarem as coisas pro lado pessoal.

Bônus: Toxina 8 – Não se conectar com as pessoas

Não que você tenha ganhado um veneno a mais! Rsrs… Lembra quando eu disse que a lista é imensa? Pois é, não podia deixar de falar da conexão entre os seres humanos. Então estou acrescentando mais uma toxina à nossa lista. Anote aí! Cada vez mais, você vai ler e ouvir falar mais sobre isso nos próximos anos.

Conecte-se verdadeiramente à pessoa com quem você relaciona. Não importa o grau de amizade que você tenha. Você pode se conectar a desconhecidos. Para isso, você não precisa de saber nada, pensar nada, basta prestar atenção em quem está a sua frente e buscar a pessoa que está por trás do olhar que te olha.

Generalizando, o ser humano contemporâneo tem uma mania de só dar valor para algumas coisas que ele já sabe cientificamente e só sente na pele somente depois que a ciência explica como acontece. Aí sim, geram-se os memes (no sentido literal da palavra, não dos avacalhados e risíveis espalhados na internet) e as pessoas começam a passar as ideias por meio deles em diversas formas de expressão.

O ser humano já teve muito a frente de seu tempo, mas por alguns motivos perdemos várias capacidades tecnológicas e humanas. Com o tempo, temos redescoberto esse conhecimento tecnológico de compreensão de mundo e refeito várias conexões humanas. Quer saber mais sobre a natureza humana e se manter conectado com alguém que busca incansavelmente um fluxo nesse sentido? Faz o seguinte…

… vem comigo que no caminho eu te explico!

 

 

 

 

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