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Emoções
Shakespeare disse: a raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram. Eu digo: ele não poderia estar mais certo.
Faça uma lista das pessoas e coisas que mais te irritam, que te fazem muita raiva. Vai lá, sério! Antes de ler o texto, pegue uma folha de papel ou abra um bloco de notas e escreva pelo menos as cinco coisas e pessoas que mais te tiram do sério. Fechar os olhos e respirar bem fundo, esperando calmamente para que a lista venha a sua mente pode ajudar.
Comentei aqui uma vez sobre aquele jogo que te leva a seguinte situação: quanto mais você erra, mais você erra de tão nervoso. É tanto nervosismo que muitas das vezes a desistência vira sua única opção. Isso quando você não resolve bater em alguém ou jogar algo no chão. Hoje quero falar um pouco sobre o mecanismo desse sentimento que parece ser um dos mais (des)controladores da paz humana.
Estão todos os colegas me olhando e chegou a hora de fazer o discurso! O momento é esse. Mas espere só um minuto! Talvez eu não saiba sobre esse assunto tão bem assim. Será que eu me preparei o suficiente? Eu não sei tudo e sempre tem alguém para fazer uma pergunta mais profunda. E se eu gaguejar logo de primeira? Ou se começar bem e logo depois começar a engasgar? Medo.
Se você já passou por momentos como esse, esse texto é para você. Essas e outras dúvidas gritando em nossa mente quase que impostas como certezas pelo inconsciente começam a surgir em nossa cabeça desembestada como uma enxurrada na primeira pessoa do singular.
Uma sensação estranha, mas que a gente conhece muito bem. A sensação começa a tomar conta do nosso corpo e mais e mais perguntas vão surgindo, tão rápidas que não dá tempo nem de responder uma sequer. São apenas dúvidas: será que dessa vez essa sensação vai passar?