Nossas pequenas vitórias

O infeliz nem dá seta e entra. A vontade é de xingar muito no twitter! Soltar todos os palavrões possíveis e impossíveis para mostrar o tanto que aquele cara é um babaca. O cara quase que faz um estrago imenso, pois na velocidade que estávamos iria sobrar pra muita gente. Ahhh mas vou ter que falar!

Como entrei no mesmo acesso da via, dá tempo! Vou pegá-lo e ele vai escutar! Acelero o carro… corto um, dois, três… Faço manobras que só um bom piloto faz! Não sou barbeiro igual aquele filho da p@#$&! Ele vai aprender!

Assim que consigo alcançá-lo, abro a janela, estendo minha mão com aquele dedo que você sabe em riste e o mando para aquele lugar com todo prazer que só um belo palavrão de boca cheia pode proporcionar!

Ahhh agora sim… ele teve o que merece… e as mais variadas justificativas surgem em minha cabeça me mostrando que eu poderia provar o tanto que ele foi um imbecil! Além disso, percebo que as pessoas deveriam ser como eu no trânsito, pois enquanto houver babacas como ele, tudo vai ser como sempre será: um caos!

A vida é como fotografar

Dois fotógrafos no mesmo lugar nunca vão tirar a mesma foto

Você entende de fotografia? Eu entendo pouco, mas sei que existem três princípios básicos que vão mudar toda impressão de uma foto capturada. O primeiro deles é a velocidade de abertura do obturador, que define por quanto tempo ele ficará aberto captando a luz. O segundo princípio é a abertura do obturador propriamente dita. Quanto maior é sua abertura, maior será a exposição à luz. O terceiro princípio é sensibilidade da ISO, que nas máquinas digitais é a simulação da sensibilidade do filme que se usará para captar a luz.

Show, né? Só com isso já temos um pouco de por onde começar a ampliar as possibilidades de se tirar uma boa foto. Ter possibilidades é muito melhor do que simplesmente colocar nossa máquina fotográfica em modo automático e dar o clique, certo? Como o Incansavelmente é também uma forma de ampliar as perspectivas de vida, já coloco o paralelo: Você está colocando sua vida em modo automático para dar o clique? 💡

Você tem softwares em sua mente e não sabia!

Para além do universo da informática, programas existem também em nosso cérebro

Você que leu o post anterior pôde perceber uma das maneiras que os programas, que falaremos a seguir, inciam sua rotina em nossa mente. Gatilhos mentais que chamamos de âncoras. Mesmo assim, talvez você não tenha parado para prestar atenção em todos os mecanismos automáticos que temos em funcionamento na nossa mente. Com certeza são muitos, alguns bem básicos e outros mais estruturados e complexos.

O mais engraçado é que se você é daqueles que se acham imunes a esses mecanismos, pois sempre pensa em tudo que vai fazer, tem controle das situações e essas coisas “não te pegam”, saiba que esse pensamento é uma espécie de vírus que você tem na cachola e que te prejudica muitas vezes sem você nem perceber.

Então o que são esses programas? Como eles são instalados em nossa mente?

Onde você deixou suas âncoras?

As âncoras nos ligam a lugares comuns

Ele batalhou duro por todos aqueles anos. Tinha consciência de que aquele era o momento! Já não aguentava mais aquele emprego chato e contava ansiosamente cada minuto esperando por cada sexta-feira que apontava no horizonte da semana. O despertador parecia um trompete de quartel general e não importava quão suave era a música escolhida por ele no smartphone para acordá-lo. Não era justo! Tudo que ele mais queria era acertar aquele projeto e sair dali!

Preparou a reunião com os investidores, tudo estava milimetricamente pensado. Não podia falhar! Se dirigiu ao prédio imponente da Avenida Brasil com seu terno e gravata cuidadosamente escolhidos. O perfume certo, bem leve para não chamar muita atenção, mas com um tom amadeirado para passar a seriedade que um homem precisa. Estava confiante.

Ao se aproximar do prédio, logo antes de atravessar a garagem, escutou o som da campainha alertando para a saída de um veículo do edifício. De repente, algo muito estranho aconteceu! O som da campainha o levou, em suas memórias, ao tempo de escola. Sem que ele percebesse, o foco da reunião já havia virado um conto de fadas. A quadra do colégio, as brincadeiras, os apelidos, as meninas e as vergonhas de adolescente se fizeram presente.

No meio do devaneio um leve tropeço. Uma bonita mulher viu a cena e deu uma risada – uma leve vergonha. Aquilo foi estranho, mas ele decidiu largar pra lá. Ou pelo menso tentou! Era uma reunião importante afinal. Só que ele não era mais o mesmo e um frio na barriga tomou conta de seu corpo. Já não controlava mais seu medo. Só conseguia pensar em não ser reprovado em mais uma prova de sua vida!

Qual é o valor da felicidade?

O que vale mais? Ter uma Ferrari ou poder praticar uma corrida diária aos 90 anos de idade?

Talvez sua calculadora emocional tenha dado uma travada ao se questionar coisas do tipo: “Aos 90 anos eu nem sei se vou querer estar vivo.” ou “Mas se eu chegar aos 90 travadão de saúde vai ser ruim pra caramba!”. Por outro lado, você também pode ter pensado: “Não é todo mundo que pode ter uma Ferrari então…”

Na escola você aprendeu ou deveria ter aprendido que não se pode somar quilogramas com metros ou com qualquer outra medida diferente, isso porque são razões distintas. Pelo mesmo motivo é impossível fazer a conta acima, você sabe por que?