Como criar hábitos saudáveis

Como criar hábitos saudáveis

Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito. Muito se fala na capacidade em ter foco, na gestão de relacionamentos e na boa comunicação, mas como conseguir essas difíceis habilidades? O maior problema da perspectiva de quem busca mudanças de vida e de comportamento é não perceber a força que os hábitos exercem em nossas vidas.

Hábitos não são coisas nada conscientes, embora o processo de criá-los podem ser. Toda vez que você se pegou dizendo que fez tal coisa sem pensar, foi isso que aconteceu. Por curiosidade, a palavra hábito vem do Latim Habitus “condição, aparência, vestimenta, comportamento”, e é por isso que o nome da vestimenta das freiras chama-se hábito. Somente a partir do século XIV adquiriu o sentido de “prática costumeira”.

Para entender como os nossos hábitos se formam no nosso inconsciente de uma maneira consciente, basta se lembrar do momento que começou a praticar aquela atividade mais complexa que hoje você ama e faz, como dizemos, com os “pés nas costas”.

Ter ou não ter

Ter ou não ter: eis a questão!

É comum ouvir em diversos ambientes que todo mundo tem seu preço ou que ser corrupto é algo que faz parte de nossa natureza. Outros, como o filósofo que cito abaixo, no entanto, discordariam desse ponto de vista, jogariam a culpa na cultura. Qual é a verdade?

“O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”
(Jean-Jacques Rousseau)

Há quem defenda que o homem nasça neutro, mas para esse texto e efeitos práticos, isso não importa muito. O meu objetivo aqui é mostrar como algumas crenças nos definem catastroficamente e algumas delas estão tão arraigadas em tradições muito antigas, que muitas vezes podemos ignorar sua origem.

A principal crença que quero discutir é como a incompatibilidade entre riqueza e felicidade pode ser uma delas e nem nos damos conta que podermos ter esse conflito interno.

Quem tem cérebro tem medo

Quem tem cérebro tem medo!

Estão todos os colegas me olhando e chegou a hora de fazer o discurso! O momento é esse. Mas espere só um minuto! Talvez eu não saiba sobre esse assunto tão bem assim. Será que eu me preparei o suficiente? Eu não sei tudo e sempre tem alguém para fazer uma pergunta mais profunda. E se eu gaguejar logo de primeira? Ou se começar bem e logo depois começar a engasgar? Medo.

Se você já passou por momentos como esse, esse texto é para você. Essas e outras dúvidas gritando em nossa mente quase que impostas como certezas pelo inconsciente começam a surgir em nossa cabeça desembestada como uma enxurrada na primeira pessoa do singular.

Uma sensação estranha, mas que a gente conhece muito bem. A sensação começa a tomar conta do nosso corpo e mais e mais perguntas vão surgindo, tão rápidas que não dá tempo nem de responder uma sequer. São apenas dúvidas: será que dessa vez essa sensação vai passar?

Nossas crenças nos definem

Nossas crenças nos definem

Durante muito tempo recebemos um bombardeio de crenças que podem nos ajudar por um lado, mas nos atrapalhar por outro. Isso acontece mesmo que ainda não tenhamos nos dado conta disso. Cada um de nós, sem exceção, além da carga genética que dá as bases de quem nós somos, predizendo as tendências fisiológicas, somos formados em ambientes.

Naturalmente, cada ambiente é diverso. A cultura do(s) lugar(es) que fomos criados, principalmente nos primeiros anos de nossas vidas até início da vida adulta, tem significativa influência em como pensamos. Diferentes crenças são compartilhadas. Invariavelmente, ao aprendermos as tarefas mais básicas que sejam, escutamos também algumas recomendações. Alguns exemplos comuns de crenças repassadas dentro da cultura brasileira:

– Cuidado com a friagem, não vá tomar vento nas costas!
– Não tome banho depois de comer senão terá uma indigestão.
– Para que você está comendo tanto abacaxi? Vai ficar cheio de afta!

Sem contar com a recomendação de vó campeã nas casas brasileiras:

casal perfeito

O Casal Perfeito

A porta fecha. Ela o olha com uma cara de quem vai cometer um assassinato qualificado e solta:

– Onde você estava?
– Eu… eu… Nossa! Eu devia ter avisado. Na saída do trabalho o Luiz me ligou, ele estava meio mal, queria bater um papo e…
– Devia ter avisado mesmo! Te liguei várias vezes. Por que você não atendeu?
– Meu celular estava no silencioso e eu estava dando atenção ao Luiz, né?! Ele e a Laura vão se divorciar.
– Pra ele você dá atenção, mas pra mim não! Você nunca avisa… não me atende, não responde às minhas mensagens!
– Ahhh pare com isso, amor! Que drama!!!
– Drama?! Quem está fazendo drama aqui? Só estou constatando uma verdade. Você mesmo admitiu que devia ter avisado.
– Sim, mas eu nem pensei…!
– VOCÊ NUNCA PENSA!!!
– Paaaare de gritar! Pelo amor de Deus!!!

Nesse momento, pela altura da voz dos dois, os vizinhos já começavam a dar notícia de mais uma briga do casal.